O FC Crato iniciava a série de manutenção recebendo o Câmara de Lobos com quem ainda não tinha perdido neste campeonato.
Vítor Nozes entrou em campo com os seguintes jogadores: Teixeira (6), Cascavel (6), Clodoaldo (7), Sérgio (6), Maurício (6), Renato Sousa (6), Renato Moreno (8), Rodrigo (6), Índio (5), Bily (8) e Jony (7). Suplentes: Bruno, Rosado (2), Vitor Silva, Conchinhas, Carlitos, Castelinho, Guido (4).
Vítor Nozes teve o mérito de estruturar e motivar a equipa da melhor maneira mas depois a ter o demérito de não fazer a leitura mais adequada do que se passava nas quatro linhas, hipotecando em consequência o objectivo fundamental que eram os 3 pontos.
Entrada fortíssima dos cratenses, como há muito não se via nesta equipa. Aos 2 minutos de jogo já os alentejanos acumulavam duas flagrantes oportunidades de golo, nomeadamente por Renato Sousa e Billy. Em ambas as ocasiões foram os homens do meio campo a descobrir as brechas necessárias para que os finalizadores conseguissem fazer a bola beijar as redes. Isso não sucedeu nas oportunidades referidas mas viria a acontecer poucos minutos depois, quando Renato Moreno faz um extraordinário passe para as costas da defesa adversária, onde surge Jony a fuzilar autenticamente o guarda-redes madeirense. Estava inaugurado o marcador e com toda a justiça, face ao que se via no Municipal do Crato que mais uma vez registou uma boa assistência.
A forte entrada e o golo madrugador da nossa equipa foram quanto a nós, o antídoto necessário para reforçar o Câmara de Lobos, pois o seu treinador fez a primeira substituição aos 16 minutos de jogo, influenciando a partir daí o rendimento de ambas as equipas. Leitura perfeita do treinador madeirense, que, conseguiu de alguma maneira manietar o estilo de jogo ofensivo que Maurício vinha a ter até aí, já que era do lado esquerdo que surgiram os desiquilíbrios ofensivos em favor da nossa equipa. Com a mudança táctica dos madeirenses, surgiu o seu domínio territorial e por diversas ocasiões puseram à prova o infeliz da tarde, o guarda-redes Teixeira. Perto do final da 1ª parte e um pouco contra a corrente do jogo, pois nessa altura como já referimos a supremacia era madeirense, o FC Crato elevava a contagem, Billy através de um gesto técnico perfeito fez um golo de belo efeito levando ao êxtase aos adeptos locais.
Com o reatamento, a tónica do jogo não mudou muito, já que incompreensivelmente a equipa recuava jogando muito próximo da sua área. Teixeira continuava a fazer defesas de belo efeito mas nos primeiros 10 minutos o Câmara de Lobos reduzia através de uma jogada de insistência. Os nervos e impaciência apoderavam-se dos espectadores que sentiam que o meio campo estava completamente perdido. Apesar disso, o FC Crato conseguiu igualmente boas oportunidades e ambas por Jony, numa o guarda-redes desviou a bola para a barra e noutra o defesa madeirense cortou em cima da linha. Instantes depois e após algumas mudanças tácticas na manobra cratense (entradas de Guido e Rosado para os lugares de Índio e Jony) o FC Crato benefícia de uma grande penalidade, pois Cascavel foi derrubado dentro da área. Infelizmente Maurício rematou frouxo e permitiu a defesa do guarda-redes adversário.
Estava dado o mote para o que iria acontecer daqui para a frente, dado que a equipa caiu animicamente permitindo assim o golo do empate para logo de seguida consumar-se a cambalhota no marcador. Infelicidade de Teixeira a manchar seriamente a sua exibição que com o golo consentido influenciava directamente o resultado final. Estávamos nos minutos finais e o jogo continuava frenético e num momento de inspiração Billy fazia um golo de bandeira coroando a sua excelente exibição. Resultado final de 3-3 a deixar-nos com um amargo de boca, pois chegámos a estar a vencer por dois golos de vantagem e fomos perdulários no ataque. O Câmara de Lobos foi um adversário valoroso e fez por merecer o empate final.
Renato Moreno, Billy e Clodoaldo foram os melhores jogadores do FC Crato. Vítor Nozes pecou por ter feito uma leitura incorrecta da partida, quando substituiu o imprescindível Jony.
Apesar do desiderato, continuamos a acreditar no plantel e treinador para fugirmos da despromoção.
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